Maria da Penha

Maria da Penha

segunda-feira, 9 de março de 2015

Flor roubada

Lembra da flor vermelha que me ofertou?
Estava no carro que a gente comprou
Era linda, fiquei lisonjeada
Depois, fiquei sabendo que foi roubada
Logo me descontentou e,
a deixei esquecida
murchou no painel do carro
Lembra dos espinhos que lá ficaram?
Eu engoli os desgraçados
com um sorriso no lábios
Mas até hoje encontram-se
em minha garganta entalados
É assim a vida
feita de pequenas nocividades
que desvendam grandes enigmas
da personalidade
Uma flor roubada
provoca grandes feridas
Uma risada para o amor
enfraquecido, desiludido
um  artifício
para suportar até o momento
da derradeira despedida.

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