A distância deixa o cérebro perdido
A imaginação vai fluindo
Criando situações como se fossem reais
É tão grande a dor que os olhos passam a ver
como imagens, os construtos místicos
A distância esquiva o golpe que amenizaria a dor
E o emblemático sentimento impõe mais sofrimento
Para arrebatar da alma tamanha figuração
Vende os objetos, queima as fotografias
Vê-se sem saída, sem solução
Faz o jogo da sedução
Desvairado e perdido, manipula almas carentes
Supondo ferir outro coração
Toda força externa desobriga da propícia razão
Perde totalmente a vida
Do desequilíbrio aparecem as dores nas articulações
Queima em febre, fica acamado na escuridão
Nessa disfunção, cai no próprio engodo
Fisgado, ferido, é fera enlouquecida
Surta, urra na escrita, afronta
Injeta como escorpião, o veneno maldito na vítima
Passa a viver de antidepressivos, paliativos dos sintomas
Pelo sexo, droga e boêmia
Decadência do status
quo consoante fantasia.