Maria da Penha

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Surto

A distância deixa o cérebro perdido
A imaginação vai fluindo
Criando situações como se fossem reais

É tão grande a dor que os olhos passam a ver
como imagens, os construtos místicos

A distância esquiva o golpe que amenizaria a dor
E o emblemático sentimento impõe mais sofrimento

Para arrebatar da alma tamanha figuração
Vende os objetos, queima as fotografias

Vê-se sem saída, sem solução
Faz o jogo da sedução

Desvairado e perdido, manipula  almas carentes
Supondo ferir outro coração

Toda força externa desobriga da propícia razão
Perde totalmente a vida

Do desequilíbrio aparecem as dores nas articulações
Queima em febre, fica acamado na escuridão

Nessa disfunção, cai no próprio engodo
Fisgado, ferido, é fera enlouquecida

Surta, urra na escrita, afronta
Injeta como escorpião, o veneno maldito na vítima

Passa a viver de antidepressivos, paliativos dos sintomas
Pelo sexo, droga e boêmia
Decadência do status quo consoante fantasia.