Maria da Penha

Maria da Penha

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Você ainda se lembra?

Você ainda se lembra das opções que tínhamos nos piqueniques nos dias mais frios?  
Você se lembra, dos passeios que fazíamos após a saída da faculdade, escapando madrugadas e nem sentíamos o cansaço?
Você se lembra, das paradas para roubarmos maçãs e peras a beira da estrada? 
Você se lembra, das vacas com chifres que tivemos de fotografar de dentro do carro por medo.
Você se lembra?
Pela maneira que quebrei o seu coração ou talvez não.
Por favor, desculpe-me, eu nunca quis ferir o seu coração 
Sinto muito, eu nunca quis quebrar o seu coração 
Mas você partiu o meu.
Sei, é tarde demais para dizer que sinto muito.
Ei, nós poderíamos ficar juntos de novo, 
eu simplesmente não posso continuar fingindo que se tratava de um final natural.
Oh! Eu nunca pensei que eu ia perder você, mesmo você me dizendo 
Eu pensei que nós seriamos sempre amigos 
Nós dissemos que nosso amor duraria para sempre 
Então, como se chegou a esta final amargo?
Você se lembra no gramado com as estrelas cadentes?
Você se lembra do amor no chão da sala perto da lareira?
Você se lembra, escorregando em sacos plásticos na neve? 
Você se lembra de que você nunca entendeu que eu tinha de ir? 
Aliás, eu não queria quebrar o seu coração 
Por favor, me perdoe, nunca quis ferir seu coração 
Sinto muito, nunca quis ferir seu coração 
Mas você partiu o meu.
Ei, eu só quero dizer que sinto muito.
Ei, eu estou com muito medo de pegar o telefone para ouvir que você encontrou outra amante para consertar a nossa casa quebrada.
Eu ainda estou tentando escrever aquela poesia de amor para você.
Ei, é mais importante para mim agora que você desapareceu,
Talvez vá provar que estávamos certos ou provar que eu nunca estive errada.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Omissão

Proibiu as suas palavras de me visitarem, 
teus olhos de me enxergarem, 
teus ouvidos de me escutarem. 
Improvisou outra voz mísera 
que descarinhosamente negou, 
escondendo de mim o que vivias. 
As promessas não falam por mim
e já trouxe o amanhã para o hoje 
confessando que pela compleição débil o destino errou. 
Desisto de lutar pela faculdade de perceber. 
Prendi a palavra, 
fechei os olhos. 
O que há mais de existir? 
Um mundo desbotado e sem pessoas, 
uma ave que não voa 
nada mais de mim..., nada!

Amor

Amor é somar, dividir e multiplicar
Nunca, jamais, subtrair.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tatuagem

Vou tatuar o meu corpo
Com um Escorpião
Porque sou racional,
Mas destrutiva de coração. 

Não, não - Vou tatuar Ideograma japonês.
Representando a minha índole refinada
Pelo meu bom gosto estético
Fidelidade e amor. 

Oras! O Coração em chamas
Para mostrar o meu domínio
Tipificar este poder
Apenas cognitivo do meu ser. 

E o Tubarão?
Caminho na solidão
Curiosa por missão
Sem submissão. 

Vou, é tatuar um Dragão
Para sentir o meu controle
Meu desejo
Minha auto-afirmação. 

Ou caio na esparrela 
Tatuando os símbolos Tribais
Neste motivo abstrato
Voltar-se-ão olhares que sinto escasso. 

Ou uma Lagartixa?
Para manter o meu autocontrole
E a contenção dos sentimentos?
Que lamento! Tatuagem.

Fera domada

Nasci fera e fui domada
pelas chicotadas da vida.
E para cada chicotada
Uma literatura inteira foi percebida.

Aprendi comportamentos, ética e filosofia
sociologia social e psicologia.
Mesmo tendo tudo inato, em cada chicotada
os conceitos postos em prática afloraram dia-a-dia.

Reconheço no silêncio alheio
a não cumplicidade,
se não fala é por comodismo
por rancor e por maldade.

Estes seres mal iluminados
utilizam por efeito a alienação
a desculpa depressiva
como doença mental pela preguiça.

Analiso nos seres que se dizem ingênuos,
no abafo da sua sublimar inteligência,
achando que nesta obstinação
será capaz de não transmitir o seu real sentimento.

Oh! Fraqueza mental amadora, Oh! Inteligência fatal
do erro que não tolero
é, o ser que é capaz de confundir
conceitos das palavras sem contexto.

As chicotadas me acresceram conhecimentos,
sou seletiva por excelência,
só compreendo
conceitos verdadeiros.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amor amigo

Amor amigo é aquele que existe sem interesse,
sem querer nada em troca.
É o amor perfeito
não anedota.

Amor amigo não aconselha
Não se envolve no âmago
do que mais belo o seu dito amigo já construiu.
Amor amigo é participação exponencial.

Amor amigo não chora mágoas
pela compaixão.
Amigo não aceita por devoção
tudo que lhe é dito.

Amor amigo discute se defende,
possuem pontos de vista diferentes,
combatem os seus princípios
e vontades.

Ser seletivo na amizade
é o estado da arte.
O amigo não é só meu,
É da vida pelo amor da amizade.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Insatisfação

O teu elogio não cura mais a minha insatisfação.
As tuas ideias consomem a minha alegria.
O teu juízo desapareceu sem harmonia.
Os teus gestos declaram sempre falta de emoção.

Tudo em ti é insosso.
Tudo que praticas não é natural.
Tudo o que demonstras é em razão de um esforço hercúleo. 
Tu não tens opinião.

Tu és um fantoche.
Não possuis uma personalidade definida.
Um adulto cheio de mentiras.
Não és capaz de atuar com a razão.

És um ser sem atitude, mas cheio de malícias.
És uma criatura que esconde sentimentos.
És o que trai na defensiva.
És sempre a vítima em cada situação.

Ser imundo que não satisfaz.
Verme maldito do pecado.
Traidor dos que o amam,
Fere sem compaixão.